Atrás de prazer, mulheres quebram barreiras e querem transar com outras garotas. Você não quer ficar de fora desse jogo, certo? Então não pise na bola…
Era para ter sido outro encontro da Luluzinha, como acontece todas as semanas. Mas, aquele dia, foi diferente. Formamos um grupo com seis garotas: duas casadas e quatro solteiras.
À tarde, as desistências chegaram via WhatsApp – reunião de trabalho, jantar com um peguete, ida emergencial ao dentista etc. Em um chat paralelo, Simone*, a outra casada da trupe, aproveitou a desistência das demais e me chamou para um sushi. A intenção era me contar uma história que aconteceu com ela e saber minha opinião.
“Isso é comum, é normal?”, completou. Fiquei muda. Minha única reação foi balançar a cabeça em sinal afirmativo. Só não é habitual revelarem peripécias desse tipo para mim. Confesso que fiquei intrigada com a aventura sexual da minha amiga – e com uma curiosidade absurda sobre as sensações que ela vivenciava.
De uns tempos para cá, blogs eróticos, colunas de jornais, seriados de TV e até a minha amiga estão mergulhando nessa vibe. Quando essa onda bissexual começou?Talvez não exista um marco histórico, mas é certo que a partir da década de 1960, quando muitos padrões de comportamento foram pro espaço e tudo ficou mais solto. A partir daí, a mulher foi atrás do próprio prazer de várias formas.
“Nos anos 1990, o trabalho de orientação sexual contra a aids cresceu e muitos mitos caíram por terra. A internet deu acesso às informações, assim como tornou os relacionamentos mais desinibidos. Essa foi a semente da procura feminina por novas experiências sexuais”, afirma Maria Cristina Romualdo Galati, psicóloga do Centro de Intervenção e Estudos em Sexualidade Humana da Unifesp.
A pergunta: 25 anos mais tarde, ainda existem novidades? “Sim, as moças estão em busca de surpresa, de uma nova emoção e sensação. Elas querem satisfazer uma atração ou um desejo, mesmo que seja transitório”, explica Carlos Eduardo Carrion, psiquiatra em Porto Alegre, especialista em sexualidade e coautor do livro O Sexo Como o Sexo É (Ed. Sulina).
“Quando assisto a filmes pornôs com meu namorado, as cenas que mais me deixam excitada são as lésbicas. As transas têm mais envolvimento, são mais erotizadas. Diferente do bate-estaca quando há um pênis envolvido”, diz Camila Basques, 33 anos, analista de marketing. “Enlouqueci com a bunda da Paolla Oliveira, naquela cena clássica atrás das cortinas. Eu queria tê-la na minha cama.”
A preferência não muda, só agrega. Essas garotas apenas abriram um cardápio sexual e, a partir de agora, têm mais uma opção para degustar. Isso não significa que você e, consequentemente, seu amigão estejam descartados. Neste caso, o valor é agregado.
Você também deve estar se perguntando: então por que aquela amiga quer ter outra experiência com uma mulher, mas sem o marido?
“Porque essa aventura ela já conhece. Agora, ela procura o inédito ou algo que, por melhor que seja a relação com o homem, ela não vai encontrar com o parceiro: o tipo de toque e de abordagem, o prazer de beijar, lamber e chupar seios e vagina…”, diz Carrion.
Fomos tirar a prova. Em uma pesquisa da VIP com 238 mulheres, perguntamos por que transar com outra garota seria excitante e 27% das entrevistadas (a maioria) disseram que uma mulher saberia os pontos que são mais excitantes em outra. Em seguida, com 17% dos votos, elas acreditam que as preliminares e a transa podem ser mais prolongadas.
Pode-se depreender que rola uma abertura com essas garotas. “Assim, é possível e bem natural que uma mulher tenha prazer com outra, sem que isso determine que ela seja homossexual”, diz Walkiria Fernandes, sexóloga em Belo Horizonte (MG).
“O homem não deixa de ser atraente. Aliás, o sexo com um cara passa a ser até mais sedutor”, completa Carrion. Freud, o precursor da psicanálise, já teorizava essa ambiguidade sexual, em que não existe um único objeto de desejo. Talvez sua garota esteja querendo você e aquela outra gata dando sopa ali.
“Eu estava enrolada com um cara havia uns seis meses. A proposta de incluir outra garota na nossa cama partiu de mim. O moço se apavorou. A partir daquele dia, o relacionamento degringolou e ele pediu um tempo. Deu a desculpa que não estava preparado para assumir algo sério e foi embora. Mas eu sei que o motivo foi aquele pedido sexual”, diz Liliane Villas, 31 anos, assistente social.
No lugar desse camarada, qual seria sua reação? Ter uma mulher diferente no meio do sexo com a parceira está no imaginário da maioria dos homens. No entanto, quando isso vira realidade, pode ser um baque. Fique tranquilo e dê uma refletida sobre nossas sugestões. Mal não vai fazer. E talvez ajude você a curtir ainda mais sua parceira.
24% das garotas afirmam que já transaram com outra mulher
30% delas jamais transariam com outra mulher
42% das entrevistadas dizem que topariam um ménage à trois com outra mulher caso o parceiro propusesse a elas
Buscar »
Arquivos »
Posts recentes »
Tags »